Após sobreviver ao ataque que tirou a vida de seus pais, um bebê de apenas 5 meses recebeu alta hospitalar e retornou à ocupação onde aconteceu o atentado, no bairro Pintolândia, zona Oeste de Boa Vista.
Agora, ele está sob os cuidados da avó, Felipa Cardona Molaleda, de 64 anos, que enfrenta a difícil missão de criar oito netos em condições precárias.
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O ataque, ocorrido no dia 8 de janeiro, vitimou o pai da criança, Yefersson de Jesus Montilla Matos, de 39 anos, morto no local, e a mãe, Miyela Perez Cardonaz, de 33 anos, que faleceu dois dias depois no hospital.
A criança, ferida na mão, ficou cinco dias internada no Hospital da Criança, em Boa Vista, antes de receber alta.
Felipa, que era mãe de Miyela, agora divide o pequeno espaço de PVC com seus oito netos, todos filhos do casal. As idades variam entre 5 meses e 15 anos. “Minha filha morreu e meu mundo virou de cabeça para baixo”, desabafou a avó, que trabalha como catadora e artesã para sustentar a família.
O local onde vivem era, até 2022, gerido pela Operação Acolhida como um abrigo formal.
No entanto, após a desativação, os migrantes venezuelanos que permanecem ali enfrentam dificuldades extremas, sem acesso a condições básicas de habitação e segurança.
A tragédia, que abalou a comunidade, também evidenciou a vulnerabilidade das famílias migrantes em Boa Vista, reacendendo debates sobre assistência social e segurança nos abrigos. As investigações sobre o ataque continuam, mas até o momento, nenhum suspeito foi identificado.
Com informações do G1 Roraima