A Polícia Civil de Roraima ampliou as investigações para localizar os restos mortais de uma possível 10ª vítima no caso do cemitério clandestino descoberto em Boa Vista.
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A decisão ocorreu após a equipe de perícia encontrar um braço que não se encaixava nos esqueletos das nove vítimas já identificadas no local.
Em entrevista à Rede Amazônica nesta terça-feira (18), o delegado titular da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), Wesley Costa de Oliveira, explicou que o braço foi encontrado no bueiro onde os corpos estavam enterrados. “Quando fizemos a separação dos ossos, percebemos que uma parte do braço não se encaixava em nenhum dos esqueletos. Isso nos levou a concluir que há mais uma vítima”, afirmou.
A suspeita é que o restante do corpo possa ter sido levado pela água, já que o braço foi encontrado no bueiro. “Vamos realizar novas diligências para tentar localizar o restante desse esqueleto”, destacou o delegado.
Até o momento, três das nove vítimas encontradas no cemitério clandestino foram identificadas:
- Daniel Jesus Vargas Natera, 28 anos, venezuelano, identificado por meio de exames de arcada dentária. Não havia registro de desaparecimento.
- Noelis Del Valle Cana, 38 anos, também venezuelana, desaparecida desde 8 de novembro de 2024.
- Nestor Policarpo Petruce Rodriguez, 34 anos, venezuelano, desaparecido no dia 24 de dezembro de 2024, véspera de Natal.
A Polícia Civil confirmou que as três vítimas foram assassinadas a facadas, com as mortes causadas por choque hemorrágico devido aos ferimentos. As investigações seguem em andamento para identificar as demais vítimas e esclarecer as circunstâncias dos crimes.
O caso do cemitério clandestino tem chocado a população de Boa Vista e reforçado a necessidade de ações efetivas para combater a violência e o tráfico de pessoas na região, que envolve principalmente imigrantes venezuelanos. A polícia segue em busca de respostas e justiça para as vítimas e suas famílias.