O Papa Francisco revelou nesta terça (17/12) ter sido alvo de uma tentativa de atentado suicida durante sua visita ao Iraque em 2021. A viagem em questão foi a primeira de um pontífice católico ao país e provavelmente o momento mais perigoso de seus 11 anos de papado.
Em um trecho publicado nesta terça-feira (17) de uma autobiografia que ainda será lançada, Francisco aterrissou em Bagdá, capital do Iraque, em março de 2021. Ele foi então informado de que pelo menos dois homens-bomba conhecidos estavam mirando um dos eventos planejados para ele.
O trecho da biografia, divulgado pelo jornal italiano Corriere della Sera, diz:
“Uma mulher carregada de explosivos, uma jovem kamikaze, estava a caminho de Mossul para se explodir durante a visita papal. E uma van também havia partido em alta velocidade com a mesma intenção”.
Francisco disse que o Vaticano foi informado sobre a tentativa de assassinato pela inteligência britânica.
O papa relatou que perguntou a um oficial de segurança no dia seguinte o que havia acontecido com os potenciais agressores. “O comandante respondeu de forma sucinta: ‘Eles não existem mais’. A polícia iraquiana os interceptou e os explodiu”, escreveu Francisco.
A visita do pontífice à cidade de Mossul aconteceu durante a primeira flexibilização da pandemia de Covid-19. A segunda maior cidade do país esteve sob controle do Estado Islâmico de 2014 a 2017. O papa visitou as ruínas de quatro igrejas destruídas e fez um apelo pela paz.
O Vaticano não respondeu a um pedido feito pela Reuters por mais detalhes sobre os novos comentários do papa.
A nova autobiografia de Francisco, intitulada “Esperança”, será publicada em 14 de janeiro. O papa já havia lançado um livro de memórias em março deste ano.
Com informações de G1.