A Clínica Renal de Roraima anunciou a suspensão dos atendimentos a pacientes crônicos nesta sexta-feira (14), devido a uma dívida de R$ 10,8 milhões acumulada pelo Governo do Estado.
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A empresa, que presta serviços à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), já havia alertado sobre a possível paralisação em um ofício enviado na última terça-feira (11).
A dívida inclui pagamentos pendentes referentes a diversos meses entre 2022 e 2025, como agosto, outubro e novembro de 2022; junho, julho e dezembro de 2023; e outubro, novembro e dezembro de 2024, além de janeiro de 2025. A Clínica Renal destacou que, apesar da inadimplência, manteve os serviços em funcionamento, mas agora não tem condições de continuar sem o pagamento.
A suspensão afeta cerca de 350 pacientes crônicos que dependem do atendimento para realizar diálises e outros tratamentos essenciais. Além disso, a falta de repasses do Governo também impactou o pagamento dos salários dos funcionários da clínica, que ainda não receberam os vencimentos de janeiro.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviços de Saúde do Estado de Roraima (Siemesp-RR) recorreu à Justiça do Trabalho, que concedeu uma decisão liminar determinando o pagamento dos salários em 48 horas. No entanto, a ordem não foi cumprida, e os funcionários planejam uma paralisação.
Atendimento emergencial
A Sesau informou que os pacientes renais estão sendo encaminhados ao Pronto Socorro Airton Rocha, onde foi organizado um fluxo especial para atender a demanda. No local, os pacientes passam por avaliação médica e, em casos urgentes, um nefrologista é acionado para realizar a diálise. Casos não emergenciais recebem orientações médicas e são liberados.
Sobre a dívida, a Sesau afirmou que as notas fiscais referentes a dezembro de 2024 foram emitidas em 10 de fevereiro de 2025 e protocoladas no dia seguinte. Já as notas de janeiro de 2025 foram emitidas e protocoladas em 11 de fevereiro. A Secretaria ressaltou que, conforme o contrato, o pagamento deve ser feito em até 30 dias a partir do protocolo das notas.
A situação expõe a crise financeira enfrentada pelos serviços de saúde em Roraima e a necessidade de soluções urgentes para garantir o atendimento aos pacientes e a regularização dos pagamentos aos prestadores de serviços e funcionários.
