BOA VISTA (RR) – O coronel Francisco Lisboa Júnior, da Polícia Militar de Roraima (PM-RR), foi exonerado nesta quarta-feira (8) do comando do Policiamento do Interior (CPI), apenas dois dias após sua nomeação.
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Ele é um dos investigados na “Operação Martellus” da Polícia Federal (PF), que apura um esquema de compra de votos e associação criminosa.
Lisboa havia assumido o cargo na segunda-feira (6), substituindo o coronel Overlan Lopes Alves. No entanto, o Governo de Roraima reverteu a decisão e realocou Lisboa para o cargo de diretor de Recursos Humanos, enquanto Overlan reassumiu o comando do CPI.
Investigação da Polícia Federal
A “Operação Martellus” foi deflagrada em outubro de 2024 e prendeu 10 pessoas envolvidas em corrupção eleitoral, incluindo o vereador reeleito Genilson Costa, apontado como líder do esquema. Eleitores teriam recebido entre R$ 100 e R$ 150 em troca de votos.
De acordo com a PF, o coronel Lisboa colaborava com o esquema, informando ao vereador sobre denúncias recebidas contra a compra de votos. O grupo utilizava aplicativos de mensagens para organizar e prestar contas do esquema, que movimentou cerca de R$ 1 milhão.
Os investigados podem ser indiciados por crimes como associação criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, e violação de sigilo funcional, entre outros.
Apesar das acusações, na segunda-feira (6), durante sua breve posse, Lisboa agradeceu ao governador Antonio Denarium e ao comandante-geral da PM-RR, Miramilton Goiano, pela nomeação. “É uma grande responsabilidade comandar esses 14 municípios do Estado de Roraima”, declarou em vídeo divulgado nas redes sociais.
